O Observatório do Tráfico de Seres Humanos, vinculado ao Ministério da Administração Interna, sinalizou 650 presumíveis vítimas de tráfico de seres humanos em 2023. Esse é o número mais elevado desde 2019, marcando um aumento de 72% em relação a 2022, com destaque para vítimas oriundas do Brasil, Colômbia, Timor-Leste, Nepal e Argélia.
De acordo com o relatório, a maioria das sinalizações ocorreram em Portugal, com 622 casos, enquanto 15 foram de portugueses no exterior. O documento aponta que Portugal permanece como país de destino para o tráfico de seres humanos, sendo a exploração laboral o tipo mais comum, representando cerca de 83% dos casos.
Outras formas, como mendicidade forçada e exploração sexual, tiveram incidências menores, assim como casos de adoção e, com valores residuais, escravidão, prática de atividades criminosas e casamento forçado.
O Alentejo segue como a região com o maior número de vítimas, principalmente em atividades agrícolas. No Norte, uma operação conhecida como “El Dourado” trouxe à tona casos de exploração no futebol, envolvendo menores de idade. Entre eles, 52 adolescentes, em sua maioria meninos de 14 anos de países da América Latina.
O relatório revela 57 pessoas reberam acolhimento em centros de proteção, principalmente homens adultos de Angola, Argélia, Marrocos, Brasil, El Salvador e Índia. Em 2023, foram concedidas 24 autorizações de residência a estas vítimas.
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