RETROSPETIVA 2018 | A paz sempre será o apelo de Fátima para o mundo

Fazendo uma conclusão do Ciclo das Peregrinações Internacionais Aniversarias de 2018, evocando cada uma delas as aparições de Nossa Senhora às três crianças que pastoreavam ovelhas na Cova da Iria, Francisco, Jacinta e Lúcia, podemos sempre concluir que a abordagem da necessidade de usar dos meios para alcançar a paz foi o denominador comum dos temas e homilias proferidas pelos diversos bispos que celebraram de maio a outubro no Santuário de Fátima.

A paz sempre será o apelo de Fátima e ao jeito do que vamos escutando de como vai o mundo cada bispo em cada peregrinação foi ressaltando as preocupações eminentes nos dias de hoje onde a oração, o sacrifício e a penitência de que cada católico é convidado a praticar deverá alcançar, deverá atingir porque tudo pode ser mudado pela oração.

 

As melhores fotos das Peregrinações Aniversarias de 2018

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Em maio, pela primeira vez um prelado chinês celebra no Santuário de Fátima e de notar o aumento dos cristãos vindos do continente asiático a Fátima desde o centenário. O Cardeal D. John Tong revela a forte devoção da Virgem Maria na China e recordou as aparições marianas como mensagem de esperança contra o pecado, refletindo-se sobre a figura materna da Virgem Maria e a sua “forte preocupação” com a história da humanidade. Recorrer à proteção da Virgem Maria nas dificuldades e sofrimentos e ter o foco no que Ela pediu aos Pastorinhos – conversão, oração, sacrifício – pelos pecadores, pela paz no mundo, o fim das guerras de forma a evitar tribulações para o mundo e perseguições para a igreja e de sermos testemunhas de uma nova humanidade que promova a dignidade da pessoa, um mundo mais justo e unido.

Em junho, D. Manuel Pelino, Bispo Emérito de Santarém vem falar da necessidade de conversão pastoral para ir ao encontro  dos que estão fora da igreja e que métodos e meios de evangelização usar; os católicos sendo missionários devem encontrar tempo e vontade para contrariar a descristianização da Europa, encontrando na Mãe de Misericórdia um exemplo e fundamento de esperança, Ela que teve um papel e colaboração ativa para que o bem das pessoas fosse alcançado. Ela age para a glória de Jesus que é esse bem que não está no poder que domina e impõe, mas na misericórdia e na bondade que liberta e torna felizes seus filhos.
Foi referido o suporte que é Jesus como solidez no matrimónio e diante da mesa de Jesus, que nos convida aí permanecer, sermos uma só família.

Em julho, D. António Augusto de Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto veio reforçar a experiência comunitária da igreja , alertando para a existência dos que semeiam palavras de divisão  e gestos de ódio e condicionam a liberdade e a justiça. Num presente cheio de incertezas e de um futuro com algumas sombras, precisamos ter esperança e foi pedindo para que as comunidades católicas, através da sua ação e oração continuem a ser sinais do amor e de esperança que Deus quer transmitir a toda a humanidade, apesar das suas infidelidades.

Em agosto, o Bispo de Santiago – Cabo Verde, o Cardeal D. Arlindo Gomes Furtado aproveitando a semana nacional das migrações referiu que a preocupação do outro – de perto ou de longe, nacional ou estrangeiro, simpático ou antipático, crente ou não – deve ser para um seguidor de Cristo um encontro em humanidade e uma oportunidade de testemunho de como é bom viver ao estilo de Jesus Cristo. Desafiou-nos nesta semana das migrações a acolher o olhar da Mãe do Céu como lugar de aconchego e de uma exaltante experiência  de fraternidade humana em Cristo.

Em setembro, D. José Francisco Sanches Alves, Arcebispo Emérito de Évora levou-nos à experiência de um Deus que nunca fica insensível aos corações atribulados. Tal como Jesus procedia com os doentes, Ele sempre nos olha com compaixão, sara as feridas do pecado e aponta o caminho a seguir para alcançar a plena inserção na comunidade porque a inserção comunitária começa no interior de cada um. Incentivou-nos a ser peregrinos da paz. A paz para o bem-estar da humanidade está de tal forma precária que só é alcançável com o empenho, sacrifício e oração de todos, tendo sido esse mesmo o apelo de Nossa Senhora aos pastorinhos em Fátima.

Em outubro, o Bispo de Hiroxima, D. Alexis Mitsuru Shirahama na noite do dia 12 em que se comemorou o aniversário da dedicação da Basílica de Nossa Senhora do Rosário afirmou que a Igreja não é apenas  um mero edifício, mas é o “Povo de Deus”, que recebeu a Sua misericórdia. Durante a procissão carregamos numa mão uma vela acesa e na outra, um terço. Estas velas acesas e estes terços são símbolos da “misericórdia de Deus”. A luz da vela é a graça da fé em Jesus Cristo e o terço é o amparo da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja.
O Espírito Santo, que está connosco desde o nosso batismo, é a mão de Deus que opera na Virgem Maria e também em nós. A Santíssima Virgem coopera com o Espírito Santo na construção do Povo de Deus. Por isso, A invocamos como “Mãe de Deus” e “Mãe da Igreja”.
No dia seguinte, na missa do Coração Imaculado de Maria afirmou que este Coração Imaculado ensina-nos a esperar em Deus para cortar a cabeça do nosso inimigo que é a arrogância do homem, recordando as desventuras vividas pelo povo de Horoxima e Nagasáqui tendo-se tornado um memorial de como o homem é capaz de uma destruição incrível.