Quero presenciar a “grande luz”?

Ao recebermos o Batismo, aderimos, plenamente, a Cristo; incorporámo-nos n’Ele, integrámo-nos no Povo de Deus. Mantendo a nossa condição humana, passámos a viver uma “vida nova”.

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Este nascimento, para a vida dos filhos de Deus, implicou rutura com o passado, mudança de vida, conversão, pois, sem romper a comunhão com o mal, o pecado, não é possível ao homem entrar em comunhão com Deus.
Batizados como fomos em crianças, esta conversão deu-se sem o nosso esforço. Outros prometeram por nós que seríamos fiéis a esta transformação. Visto que continuamos a pecar, impõe-se-nos um esforço contínuo de purificação, de modo a vivermos segundo as exigências do Evangelho.
Aceitar o apelo de Cristo à conversão, apelo sempre renovado, a que a brevidade da vida dá um caráter de urgência, no dizer de São Paulo, é condição para se pertencer ao Seu Reino.
1ª Leitura: Livro de Isaías 8, 23b — 9,3 — Na Galileia dos gentios o povo viu uma grande luz.
No Evangelho deste dia, cita-se esta passagem de Isaías que hoje serve de primeira leitura. Refere-se ela à Galileia, terra de Zabulão e de Neftali, a província mais ao norte de Israel. O profeta anuncia-lhe hoje melhores dias, depois do tempo do exílio. As trevas do momento presente transformar-se-ão em luz e a alegria reinará de novo depois da humilhação. A profecia terá um dia a sua realização perfeita, quando Jesus por aí começar o seu ministério público, como o Evangelho de hoje irá proclamar.
Salmo 26 (27) — O Senhor é minha luz e salvação
2ª Leitura: Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios 1, 10-13.17 — “Falai todos a mesma linguagem e não haja divisões”
O Apóstolo insurge-se contra as divisões que separam os membros da Igreja de Corinto, divisões que, no caso concreto, assentam até em partidarismos religiosos. E apela para as razões profundas da unidade dos cristãos: Cristo, crucificado por todos; e só Ele e mais ninguém. Os mensageiros do Evangelho são apenas instrumentos d’Ele junto dos irmãos.
Evangelho: São Mateus 4, 12-23 — “Foi para Cafarnaum, a fim de se cumprir o que anunciara o profeta Isaías”
A Galileia vai ser o campo da primeira parte do ministério público de Jesus. É então que essa província há-de presenciar a “grande luz” de que falava a primeira leitura. Ele é a luz; foi assim mesmo que um dia Jesus Se apresentou. E essa luz começou a iluminar, quando Jesus começou a pregar e a chamar os primeiros discípulos. Essa sua luz nunca mais se extinguirá: hoje ainda, e até ao fim, Ele continua a anunciar o reino de Deus e a chamar para ele todos os homens. Assim, a Galileia dos pagãos chegará a tornar-se, um dia, na Galileia da Ressurreição: “Lá Me vereis”, dirá o senhor ressuscitado.
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Padre António Justino Filho
Comunidade Canção Nova Portugal. Está neste momento numa imersão missionária na Diocese de Évora