Quais são os sinais de que Jesus voltará?

“Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes”

A palavra “escatologia”, no grego scatom, significa “últimas” e está relacionada ao céu, ao inferno e ao purgatório. A Igreja, apoiada na Sagrada Escritura, diz que estamos aqui, nesta terra, de passagem, porque fomos feitos para céus novos e uma terra nova.

Jesus está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso. Assim como Cristo ressuscitou, nós também vamos ressuscitar em Cristo. Nós cremos que, um dia, Ele há de julgar os vivos e os mortos. Jesus virá uma segunda vez, quando ressuscitaremos. As pessoas que morreram ressuscitarão e todos nós teremos um corpo glorioso. Precisamos acreditar na Ressurreição, caso contrário, não seremos, de fato, católicos. São Paulo diz que se não acreditarmos nela a nossa fé será vã.

Jesus não está de férias

O Senhor virá julgar os vivos e os mortos. Quando pensamos que Jesus está sentado à direita de Deus, podemos acreditar que, talvez, Ele esteja parado. Mas não! Cristo está agindo. Diante de tanta injustiça, podemos pensar: “Parece que Jesus está de férias no céu!”. Mas quando Ele voltar, toda a justiça de Deus será em plenitude. Tudo mudará.

Não sabemos ao certo quando o Senhor virá, mas, quando Ele vier, passaremos por uma prova de fé. E mesmo que Cristo não volte amanhã, muitos de nós poderemos ir até Ele. Por isso, o Evangelho nos chama à conversão.

O Catecismo da Igreja Católica afirma: “Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes (639). A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na terra (640), porá a descoberto o ‘mistério da iniquidade’, sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A suprema impostura religiosa é a do anticristo, isto é, dum pseudomessianismo em que o homem glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado (641). 676. Esta impostura anticristã já se esboça no mundo, sempre que se pretende realizar na história a esperança messiânica, que não pode consumar-se senão para além dela, através do juízo escatológico. A Igreja rejeitou esta falsificação do Reino futuro, mesmo na sua forma mitigada, sob o nome de milenarismo (642), e principalmente sob a forma política dum messianismo secularizado, ‘intrinsecamente perverso’ (643).”

Mas já há muitos lugares onde as pessoas estão sendo perseguidas. Não quero ser o profeta do desespero, como alguns fazem, dizendo que Jesus virá tal dia e que o mundo vai acabar logo. Não! Ninguém sabe quando isso vai acontecer; só o Pai, como nos diz a Palavra. O primeiro sinal, no entanto, como nos diz o Catecismo, será a perseguição.

Já neste primeiro milênio, existem mais mártires do que no primeiro milênio do Cristianismo. Talvez, você nem sabia disso, porque essas notícias não aparecem nos jornais, mas há lugares onde os cristãos estão sendo dizimados. O Papa Francisco, em uma entrevista, emocionou-se ao dizer: “Hoje, há mais mártires que no primeiro século do Cristianismo.”

Nós, no Brasil, não sofremos essa perseguição de açoites, mas sofremos a perseguição velada. Nós vivemos tempos tristes, quando até o coroinha questiona o Papa, a Igreja, a verdade da fé. Quando o Santo Padre fala alguma coisa, há pessoas que dizem: “Não, não é bem assim”, mas elas estão lá, no domingo, professando o Credo. Hoje, pensamos que tudo é normal, porque fomos nos deixando contaminar pelas mídias.

O Berço do Cristianismo

Na própria Europa, berço do Cristianismo, houve uma perseguição nos locais onde havia crucifixo. Se você ler algumas leis brasileiras, perceberá que aqui não tem sido diferente. Quais sãos os sinais de que Jesus voltará?

Você sabia que, há alguns meses, na Bélgica, foi aprovada a eutanásia infantil? É um absurdo! Eu quero chamar a atenção de vocês para esses sinais dos tempos.

Outro ponto é o avanço da perseguição à Doutrina da Igreja, ao Cristianismo. Nós temos pessoas que dizem ‘não’ a Deus. A consequência disso é dizermos ‘não’ ao homem; por isso matar o idoso que está ali, no leito do hospital, sem condições financeiras, “é normal” para eles. Num ano, há mais de 50 milhões de abortos. Quando o demônio quer agir, ele vai na destruição do ser humano. Vivemos um tempo em que a sociedade tem colocado o ser humano sem nada de valia.

Você só poderá suportar essas provações que virão se estiver em uma comunidade, se estiver junto com outros que professam a mesma fé que você. É o que diz Bento XVI. É preciso que tenhamos claro isso diante de nós: Jesus voltará. Se Ele voltasse hoje, como estaria a sua fé?