O dinheiro deve ser administrado com sabedoria

O homem cada vez se vai tornando mais sensível à justiça e mais preocupado na sua reta e são aplicação a todos os níveis e nos vários aspetos da vida.
Em Encíclicas, Documentos Conciliares e Episcopais, em muitos sistemas políticos e económicos e, particularmente no Evangelho, ouvimos insistentemente falar da escravização e exploração do homem pelo homem, na indevida utilização do dinheiro e na idolatria que dele se faz. Ora todo o homem tem direito à justa compensação do seu trabalho. Num outro plano, o Senhor promete “cem por um” àqueles que de alma e coração O seguem. Sem desfalecimento e confiantes na vitória do bem sobre o mal, disponhamo-nos a dar algo nosso, em dinheiro, tempo e trabalho, em benefício dos desprotegidos, o mesmo é dizer, de Jesus Cristo.
1ª Leitura: Profecia de Amós 8, 4-7 — Contra aqueles que “possuem dinheiro alheio”
No Evangelho, o Senhor vai ensinar-nos como deve o cristão usar o dinheiro. Esta primeira leitura prepara-nos já, pela palavra do profeta, para escutarmos o Senhor a prevenir-nos de como o amor ao dinheiro pode vir a dominar o coração do homem e a fazê-lo cometer as maiores injustiças, de que os mais pobres acabam sempre por ser as maiores vítimas.
Salmo 112 (113) — Louvai o Senhor, que levanta os fracos.
2ª Leitura: Primeira Epístola de São Paulo a Timóteo 2, 1-8 — “Façam-se preces por todos os homens a Deus, que quer salvar todos os homens”
Na continuação da leitura da epístola de São Paulo encetada no domingo anterior, lemos hoje uma passagem que está na origem da “oração universal” ou “oração dos fiéis” que fazemos na Missa a concluir a liturgia da palavra. Recomenda-se a oração por todos os homens e, em especial, por aqueles que estão constituídos em autoridade. A sua missão é em favor da comunidade; é, portanto, normal que toda a comunidade reze por eles. A leitura inclui uma bela palavra de louvor a Cristo.
Evangelho: São Lucas 16, 1-13 — “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”
Jesus ensina que o dinheiro deve ser administrado com sabedoria, a sabedoria de Deus, e não com avareza ou ganância. O dinheiro serve muitas vezes para fins vis; para o conseguir há quem não hesite em tomar atitudes cheias de astúcia e mentira, como o administrador de que fala a parábola. O Senhor convida-nos a pormos, pelo menos, tanto cuidado em usá-lo bem, como ele o fez, embora de maneira má, para granjear amigos que depois o acolhessem.
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Padre António Justino Filho
Comunidade Canção Nova Portugal. Está neste momento numa imersão missionária na Diocese de Évora