“Sede submissos uns aos outros, no temor de Cristo. As mulheres o sejam aos maridos, como ao Senhor. Pois o marido é a cabeça da mulher, como Cristo também é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual ele é o Salvador. Por outro lado, como a Igreja se submete ao Cristo, que as mulheres também se submetam, em tudo, aos seus maridos. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo também amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de santificar pela palavra aquela que ele purifica pelo banho da água. Pois ele quis apresentá-la a si mesmo toda bela, sem mancha nem ruga ou qualquer reparo, mas santa e sem defeito. É assim que os maridos devem amar suas esposas, como amam seu próprio corpo. Aquele que ama sua esposa está amando a si mesmo” (Ef 5,21-27).
Deveres dos esposos
Por meio da Palavra, podemos aprender muitas coisas importantes para a vida conjugal. Antes de tudo, Deus nos revela a importância de respeitar a hierarquia estabelecida nas relações familiares. Quando a Palavra diz que a mulher deve ser submissa ao marido, muitos compreendem que Deus é machista ou algo assim, mas o que significa realmente submissão? Quer dizer estar “sob a missão”; isto é, o marido tem a difícil missão de ser pai, manter a família, educar os filhos etc., e Deus lhe deu a mulher para ajudá-lo nessa obra tão bonita e árdua. Ser submissa ao marido não quer dizer que a mulher deve ser sua escrava ou empregada, nada disso, mas sim “estar sob a missão dele”, ajudá-lo. Por isso, Deus disse a Adão:
“Vou fazer-lhe uma auxiliar que lhe corresponda” (Gn 2,18) porque “o homem deu nome a todos os animais domésticos, a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens [tomou posse deles], mas não encontrou uma auxiliar que lhe correspondesse” (Gn 2,20).
É bonito ver que São Paulo compara o casamento do homem e da mulher à união de Cristo com a Igreja; e ele pede que o marido ame a sua esposa como Cristo amou a sua Igreja, ou seja, amar a ponto de se entregar por ela, como Cristo se entregou pela Igreja na cruz. Isso vale também para a mulher. Se homens e mulheres se amassem uns aos outros dessa maneira, como Cristo amou a Igreja até a morte, não haveria o divórcio, a separação, a infidelidade conjugal.
Todos os casais seriam a maior expressão do amor de Deus neste mundo. São Paulo pede para os casais viverem assim, uma vez que não é algo impossível. Entretanto, há um “porém”: é preciso a graça de Deus, pois, por sermos egoístas, orgulhosos, vaidosos, cheios de capricho e de autopiedade, brigamos muito. Se o casal não tiver a graça de Cristo, não viverá o belo ideal ensinado por São Paulo. Quando um casal tem 30, 40 ou 60 anos de casados, e um dos cônjuges morre, o outro morre logo em seguida de desgosto, pois perde metade de sua vida e não consegue mais viver sozinho. O casal deve refletir bastante sobre o casamento e o relacionamento porque a vida a dois não é fácil.
Em geral, o homem é interessado por sexo, mas a mulher não, com exceções, pois se dedicam aos filhos, à casa, aos deveres e à correria do dia a dia e desconsideram as relações sexuais. Na verdade, elas esperam, em primeiro lugar, reconhecimento e carinho por parte do marido; mas, infelizmente, nem sempre recebem isso.
Assim, é essencial cuidar do relacionamento conjugal; o casal precisa se abençoar mutuamente e acalmar os tormentos do relacionamento. Há muitos modos de cultivar a bênção no casamento: palavras bondosas e cheias de amor; gestos amorosos e cheios de atenção; um comportamento prático amoroso nas grandes e pequenas atitudes; demonstrar agradecimento e apreciação pelo companheiro(a); rezar um pelo outro. O amor edifica.
O esposo e a esposa têm seus próprios meios de edificar um ao outro mutuamente. Por exemplo, o elogio do marido edifica a esposa, o carinho dela edifica o esposo, a conversa franca entre eles fortalece o relacionamento porque dissipa as nuvens negras que, às vezes, pairam sobre o casal.
Do seu amigo,
Wellington Silva Jardim ( Eto)
Cofundador comunidade Canção Nova
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