D. António Marto vai ser criado cardeal, esta quinta-feira, no consistório convocado pelo Papa Francisco, que vai elevar ao colégio cardinalício 14 novos elementos, 11 deles eleitores num futuro conclave.
O consistório decorre na Basílica de São Pedro, a partir das 15h00 (hora de Lisboa). Depois da homilia do Papa Francisco, os novos cardeais fazem a profissão de fé, com a recitação do Credo, e o juramento de fidelidade e obediência ao Papa e aos seus sucessores. Segue-se a entrega dos três símbolos cardinalícios: barrete, anel e bula da nomeação.
Nas vestes habituais, a cor vermelha distingue os cardeais. A cor significa o sangue derramado por Cristo e torna presente a função de servir na diocese de Roma para dar testemunho da Ressurreição do Senhor. O barrete vermelho é sinal da dignidade do cardinalato. No momento da entrega, o Papa lembra ao novo cardeal que este barrete simboliza a prontidão para agir com coragem, até ao derramamento de sangue, para o aumento da fé cristã, para a paz e tranquilidade do povo de Deus e para a liberdade e crescimento da Santa Igreja Romana. Já o anel é a expressão de uma união mais forte entre o cardeal e a Igreja. O novo cardeal recebe este símbolo, enquanto escuta do Papa as seguintes palavras: “Recebe o anel das mãos de Pedro e sabe que o teu amor pela Igreja é fortalecido pelo amor do Príncipe dos Apóstolos”. (Liturgia do Consistório para a criação de novos cardeais). Finalmente, a bula de nomeação é um símbolo que reforça ainda mais a estreita união que os cardeais possuem com o Papa. Ao receber a Bula, o recém cardeal escuta o título cardinalício (titularidade de uma igreja de Roma) que lhe foi oferecido e recebe do Papa o abraço da paz.
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