Fátima, lugar de encontro com Deus

Na Cova da Iria, em 1917, abriu-se uma janela de esperança para toda a Humanidade.
O mundo sofria várias convulsões: nunca antes se vivera uma guerra tão feroz. O ateísmo e a perseguição direta a Deus nos Seus filhos foi muito cerrada e Portugal não foi excepção.
Naquele ermo, inóspito e praticamente desconhecido, Deus veio trazer a Sua Luz pelo coração de Maria, a serva humilde do Senhor.
Lúcia, Francisco e Jacinta são os escolhidos para acolherem a mensagem de Deus e para a mostrarem ao mundo, numa linguagem simples, própria de crianças, daquele contexto histórico, social e cultural. Deus revela-Se aos pequeninos, aos puros, aos inocentes, pois eles são capazes de entender a Sua linguagem, e esconde-Se dos sábios e dos importantes deste mundo, que na sua ufanação estão fechados a qualquer mensagem que não seja sobre o seu próprio ego.
Francisco e Jacinta Marto são irmãos e falecem ainda crianças: antes da sua morte já se lhes reconheciam virtudes de santidade. Muitas pessoas queriam estar próximo da Jacintinha, tocar-lhe porque sentiam que ela era diferente.
Jacinta morre no dia 20 de Fevereiro, no Hospital Dona Estefânia (em Lisboa), sozinha, mas confortada pelo amor de Deus, sem ter comungado, como tanto desejava, mas confiante na promessa da Mãe: iria para o Céu.
Jacinta quer ir para o Céu para poder continuar a missão que começara na terra: interceder pelos pecadores, para que nenhuma alma se perca. Jacinta procura viver o que Jesus ensinou: “E a vontade daquele que me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia” (João 6, 39)
Hoje, dia 20 de Fevereiro de 2020, passam 102 anos sobre a despedida da Jacinta deste mundo “ Senhor Padre, Vou dar-lhe uma notícia pouco agradável a Jacintazinha vai morrer. Ficou é verdade bem da operação mas agora peorou e os medicos estão admirados como éla tem durado tanto” (excerto de uma carta escrita por Maria da Purificação, em 19 de Fevereiro de 1920)
De facto, a Jacintazinha partiu, mas do Céu continua connosco, continua a fazer o mesmo itinerário que os seus irmãos pecadores, continua a interceder por cada um para que todos se salvem e possam contemplar a glória de Deus e possam experimentar aquele fogo que lhe ardia no peito e que era o Amor infinito do Pai.
Que, com Jacinta e Francisco Marto, os pastorinhos de Fátima, os santos que nos ensinam que é possível caminhar neste mundo com o coração em Deus, possamos um dia contemplar Deus face a face e com Ele permanecer.
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Paula Ferraz
Mãe, avó e membro da Comunidade Canção Nova. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, Formadora acreditada em língua portuguesa e das literaturas lusófonas e clássicas, pós graduada em Mediação Intercultural, certificada em Filosofia para Crianças e Jovens e Mestrado em Ensino do Português como língua segunda/língua estrangeira.