“É seguro ir à Missa, mas sem facilitar”, afirma médico de saúde pública

Rui Portugal sugere mais celebrações ao ar livre

O médico Rui Portugal defende que a Igreja deve apostar mais nas celebrações ao ar livre, onde podem participar mais pessoas e o risco de contágio é menor.

Com o “tempo fantástico que existe em Portugal” ter um número “maior” de celebrações ao ar livre é “uma boa ideia”, disse este profissional de saúde.

Para o especialista, o regresso às celebrações é, do ponto de vista da saúde pública, “aconselhável e, certamente, que é seguro”, sempre sem “facilitar”.

Em relação ao cuidado que as pessoas devem ter na participação comunitária da Eucaristia, Rui Portugal refere que o “bom senso” deve predominar e as pessoas doentes ou com sintomas “não devem ir às celebrações, nem a lado nenhum, mas ficar em casa”.

As pessoas “mais vulneráveis” também devem evitar as celebrações ou então cumprir o chamado “afastamento físico”, porque “proteger-se a si e aos outros é uma boa ideia”.

“Os locais fechados não são bons em termos de segurança” por isso, defende um arejamento “antes e depois da celebração”.

O médico e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa realça também que a higienização das mãos é o “grande segredo” para evitar o contágio.

Nas celebrações em espaços fechados “a utilização da máscara” é fundamental, mas o que deve predominar é “o bom senso”.

Dentro das igrejas, a ideia é que “a circulação seja feita num único sentido”.

“Cuidado com os aglomerados à entrada e saída da igreja”, alerta.

Nos tempos atuais existem “duas epidemias”, a da Covid-19 e a do medo, realça o especialista em Saúde Pública.

A “epidemia do medo, provavelmente, é maior que a outra”, acrescenta Rui Portugal.