Cardeal-patriarca presidiu a Jornada Diocesana da Juventude, momento de «muita força» para a Igreja

«Liturgia # lugar de encontro» foi o tema do encontro que reuniu mais de 1200 jovens em Óbidos

O cardeal-patriarca de Lisboa e mais de 1200 jovens celebraram este domingo a Jornada Diocesana da Juventude 2019, centrados no tema ‘Liturgia # lugar de encontro’, na vila medieval de Óbidos.

“É um encontro anual que nos dá muita força nesse sentido que o Papa agora apresenta, de uma maneira tão sugestiva na exortação, como sendo a própria juventude a força da Igreja. É a vida como ela começa, se sonha, como se projeta e ganhamos com isso”, disse D. Manuel Clemente.

A Jornada Diocesana da Juventude mobilizou “mais de 1200 jovens” provenientes de “todas as realidades juvenis católicas”, de paróquias, de movimentos e grupos que nas suas realidades também promovem encontros.

“Tem a nota reforçada, mesmo em relação a outros tempos, de um protagonismo juvenil”, realçou o cardeal-patriarca.

A diretora do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa, que organiza a jornada, explica que pretendem que cada jovem perceba que “não está sozinho no seu grupo, na sua igreja local” mas que “fazem parte de uma Igreja diocesana, mundial”.

“Essencial é estarem em contacto com outros jovens que como eles andam em grupos de jovens, estão nas suas paróquias, cantam no coro”, acrescentou Cláudia Lourenço.

Mafalda Almeida está “a fazer preparação para o Crisma” e participa com o seu grupo da catequese, para além do grupo de jovens da paróquia.

“É sempre uma conexão especial estar na Igreja e praticarmos a nossa religião de livre vontade”, disse a jovem de Trás do Outeiro (Óbidos) que considera que a “Igreja comunica bem com os jovens”, consegue “perceber tudo o que se diz na Missa e na catequese”.

O pároco de Óbidos, padre Ricardo Figueiredo, destaca a forma “coloquial” como o Papa Francisco escreve a exortação para os jovens ‘Cristo Vive’ para mostrar que “tem de haver uma mudança de linguagens”: “Esta linguagem tu a tu, de amizade, de proximidade, de verdadeiro testemunho cristão, é a linguagem que muda.”

Já Rodrigo Figueiredo assinala que se está “a caminhar” para linguagens que começam a afinar-se e a mensagem começa a passar melhor, uma vez que os jovens são o “agora”, como disse o Papa Francisco.

O jovem do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa que se revela “muito entusiasmado com o que virá em 2022” recorda a “alegria” da Jornada Mundial da Juventude Panamá, “a vontade das pessoas” e a “grande centralidade em Cristo, que às vezes perde-se um bocadinho”.

A Jornada Diocesana da Juventude decorreu na Vila medieval de Óbidos, num concelho “com pouca população, com poucos jovens” e que, segundo o pároco local, “muitas vezes, não têm tanta coragem de se mostrar”.

“Sabemos que a nossa fé cristã nunca se faz sozinhos, trazer esta dinâmica para Óbidos é o primeiro marco. Trazer mais de 1000 jovens para uma atividade diocesana aqui ajuda e estão todos envolvidos: Ajuda a ver que a fé e a Igreja é uma realidade maior”, salientou o padre Ricardo Figueiredo.

Fonte: Agência Ecclesia