Ano da Misericórdia deve ser impulso e pauta de atuação dos cristãos

O bispo de Leiria-Fátima encerrou este domingo o Ano Santo da Misericórdia na diocese, numa Eucaristia em que sublinhou um evento que “imprimiu uma sensibilidade espiritual e um estilo pastoral” essenciais para toda a Igreja Católica.

Na homilia da celebração, enviada à hoje Agência ECCLESIA, D. António Marto destacou a importância deste Jubileu, num “mundo tão carecido de perdão, de cura e de paz”, uma vivência que “não pode parar” mas deve ser “impulso e pauta de atuação dos cristãos”.

“Cada um responda no seu íntimo: que marca deixou em mim o Ano da Misericórdia? Como penso dar-lhe continuidade na minha vida e na Igreja?”, interpelou o prelado.

D. António Marto enunciou também as implicações que este Ano Santo deverá ter em termos da presença e da ação evangelizadora da Igreja no mundo

“A misericórdia há-de ser a atitude constante da Igreja: deve enformar toda a vida e ação da Igreja e das comunidades cristãs, para serem sinal e instrumento da misericórdia de Deus”, apontou o prelado, lembrando a prioridade de “acolher e cuidar dos feridos” da sociedade, os mais pobres, os doentes, os excluídos e marginalizados.

“A misericórdia não se reduz a um slogan de efeito ou a um bom sentimento. É vida concreta, é estilo de vida, é cultura de fraternidade”, é darmos “o melhor e não o que sobra”, é irmos “ao encontro dos outros e não ficar na indiferença”; é sermos capazes “de ternura, de proximidade face à cultura do descarte e da exclusão”, completou.

Neste domingo, nas catedrais e santuários de todo o mundo, foram fechadas as Portas da Misericórdia abertas no Ano Santo extraordinário convocado por Francisco, que se iniciou em dezembro de 2015.

A porta da Basílica de São Pedro será a última a ser encerrada, no próximo domingo, solenidade de Cristo-Rei, festa que marcará o final do Jubileu da Misericórdia.