A importância da maternidade

Mãe, aquela que sempre espera, sempre acolhe e sempre ama. Como explicar a importância deste ser, que se doa inteiramente e permanentemente?

Ser mãe é ser presença, mesmo na ausência ela permanece, ela está e ela é, dentro de nós. A mãe consegue deixar uma marca dentro de nós que é impossível de apagar. Trazemos dentro de nós um selo do seu amor por nós. É essa certeza do seu amor incondicional que nos mantém firmes nas tribulações e fortes nas tempestades, sempre com os olhos postos na meta, sem desalento, sem desespero, mas com confiança.

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Deus foi tão perfeito na criação, que fez a mulher e lhe deu o dom da maternidade. Só mesmo uma mulher para ser mãe.

A mulher tem em si todo o específico para ser mãe. Edith Stein, filósofa judia e mais tarde, ateia, que se converteu ao catolicismo e se tornou Santa Teresa Benedita da Cruz, deixou uma preciosidade de palestras e estudos sobre a mulher e o seu papel. Num desses artigos ela diz que o papel da mulher no mundo é ser mãe e que a “tarefa mais elevada da mulher, a sua tarefa específica, é a formação do ser humano.”

A mulher traz dentro de si o dom de gerar a vida, o dom da maternidade, como referi anteriormente. Esse dom não é restrito ao órgão reprodutor, mas toda ela, todo o seu corpo, mente, emocional foi feito e pensado com esse grande objetivo de ser mãe, cuidar de outro ser. A mulher não pode negar a sua essência.

Quando observamos uma mulher percebemos nela características peculiares como: sensibilidade, generosidade, docilidade, empatia (ser capaz de perceber o que outro está a sentir), doçura, paciência, entre tantas outras que são propicias ao dom da maternidade. Todo o ser da mulher está compatível com o acolhimento de uma vida nova, o seu cuidado, prestar atenção a esse ser dependente, educá-lo, zelar por ele e guiá-lo.

A mãe tem um papel fundamental no equilíbrio emocional dos seus filhos, pois ela é a maior responsável pelo afeto e segurança. A mãe tem em si o querer cuidar do seu filho, abraçá-lo, amá-lo, protegê-lo, contudo, tem de gerir esse afeto com a liberdade que precisa de lhe dar para explorar o mundo. Um filho que tenha a certeza de ser amado pela sua mãe sente uma segurança interior tão grande, que vence o medo de explorar o desconhecido. Isto percebe-se nas relações de amizade que vai tendo, na forma como se defende dos ataques dos colegas da escola, como enfrenta um desamor, a não entrada no curso que gostava, um desemprego, uma doença e entre tantos outros sofrimentos e desencontros que a vida apresenta.

A mãe é a provedora do cuidado, do afeto, da atenção ao detalhe, a que dá força e impulso para o filho sonhar, sem medo de não alcançar.

A mãe é geradora de intimidade e afeto, pois é a que nos toca ao coração, nos dá amor gratuito, preenche o nosso coração, mima-nos, cria uma relação íntima de partilha de emoções, vivências e experiências.

A mãe é criativa, pois consegue sempre criar algo de novo, fazer algo que não é esperado, quando o filho não vê soluções, ela traz uma. Sabe respeitar, ou tenta, o espaço do filho e deixa-o ser ele mesmo. A mãe consegue distanciar-se, olhar para o filho e ver a beleza que ele tem, ainda sem ser manifestada e orienta-o para que isso desabroche.

Por tudo isto, até Deus quis ter uma mãe, Nossa Senhora, que ela seja o nosso grande exemplo de Mãe, a mestra de todas as mães.

Para finalizar e refletir: que imagem tenho da minha mãe, dentro de mim? Se sou mãe, qual a imagem que gostava que os meus filhos tivesses de mim, dentro deles?