A luxúria impossibilita o homem de viver a castidade no corpo, nos pensamentos e nas atitudes
Deus quis dar um prazer sensível ao alimento, para que o homem, alimentando-se daquilo que lhe parecia saboroso, mantivesse a vida. Da mesma maneira, o Senhor concedeu à humanidade a realização do prazer sexual, por meio do qual também a espécie humana se multiplica. É um prazer íntimo, permitido ao casal, unido pelo matrimônio, que se abre também à graça da procriação. No entanto, o pecado da luxúria vem desvirtuar aquilo que é belo, estabelecendo uma desordem, provocando a degradação de algo bom no que toca a dimensão sexual, fragilizando o indivíduo e levando-o ao vício.
A luxúria impossibilita o homem de viver a castidade no corpo, nos pensamentos e nas atitudes. É uma desordem que toma conta da pessoa na sua totalidade. Mas isso acontece de maneira lenta. A pessoa se mantém consumindo demoradamente produtos como vídeos, revistas, internet entre outros, os quais a levarão à realização de desejos perniciosos, provocados pelas fantasias.
Tal como a gestação, essas desordens acabam levando ao nascimento do pecado. A pessoa se concentra apenas no prazer impuro e fecha-se inteiramente em função de realizar o prazer desmedido.
O estrago da luxúria no casamento
Esse mal também afeta muitos casados que, em consequência de um desvio provocado por esse prazer desmedido, faz do cônjuge um objeto. Dessa forma, conduzida pelo desejo, a pessoa presa aos prazeres grosseiros pouco se interessa por aquilo que a faz crescer.
Toda vez que se procura esse tipo de prazer maléfico, pratica-se o pecado mortal da luxúria, que levará a pessoa cada vez mais por caminhos mais e mais promíscuos, destruindo aquilo que lhe foi reservado de belo, saudável e bom.
Um jovem que tem como hábito ficar com várias meninas ao mesmo tempo, certamente terá dificuldade em manter a fidelidade a apenas uma mulher.
Os vícios impuros paralisam os gostos para tudo aquilo que é nobre. A amizade pura quase desaparece, pois quem vive o desequilíbrio torna-se escravo das paixões.
Deus nos fez para o equilíbrio e para o bem, de modo que as desordens provocadas pelo pecado nos afastam d’Ele.
Jamais será possível conquistar a vitória sobre tais paixões se não nos empenharmos na fuga das ocasiões de pecado e buscarmos a convicção profunda para uma mudança de atitude. Se aspiramos alcançar o Céu, precisamos ter convicção para a superação de nossos pecados.
O pecado da luxúria nos leva aos níveis mais animalescos e irracionais. Se a justificativa de alguém para o pecado é dizer que “a carne é fraca”, então, não se pode colocar à prova a fraqueza da carne.
É possível se libertar da luxúria
Nada é impossível para o coração orante, por isso, apoiados na graça, precisamos reconhecer que o prazer maléfico nos atrai, mas precisamos nos abrir também àquilo que Deus quer para nós. Quem é consciente da própria fraqueza não se expõe ao perigo, pois quem ama o perigo nele perece.
Para vencer o pecado da luxúria é preciso romper com as paixões provocadas pela ilusão, pela fantasia. A nossa fragilidade diante do pecado, muitas vezes, é resultado de uma decepção ou situação mal resolvida.
Fonte: Cancaonova.com
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