A irmã Ângela Coelho, orientadora de cursos sobre ‘Mensagem de Fátima’ promovidos por este santuário mariano, revelou que existe “um interesse cada vez maior” por parte dos portugueses e da própria Igreja.
“É uma Igreja que se sente a pulsar de vida e de vida pelo interesse no conhecimento do mistério. E, portanto, também há um interesse pelo fenómeno Fátima e conhecimento de Fátima”, disse a religiosa na Casa de Retiros de Nossa Senhora do Carmo.
À Agência ECCLESIA, a irmã Ângela Coelho considera ainda que existe um segundo motivo que é o centenário das aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos, celebrado em 2017.
“Creio que os portugueses, a Igreja em Portugal está a despertar para isto. A mensagem, o acontecimento de Fátima é um dom de Deus à nossa Igreja, depois para o mundo todo, e é pena que nós não a conhecêssemos tão bem”, desenvolveu a religiosa da Aliança de Santa Maria.
Nos cursos, percorre a história do acontecimento de Fátima e o seu contexto, abordando também de forma sistemática os “grandes temas teológicos” desta mensagem e os conteúdos traçam ainda “um perfil biográfico e espiritual dos videntes de Fátima”.
Neste contexto, a irmã Ângela Coelho que é a postuladora da causa de canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto explicou que continuam “a estudar” este processo e deseja “novidades” em 2017, no centenário das aparições mas não pode “adiantar muito”.
A entrevistada é também a vice-postuladora da causa de beatificação da irmã Lúcia de Jesus e adiantou que ainda estão a concluir a fase diocesana porque “surgem obstáculos, dificuldades e a complexidade dos documentos é muito grande”.
“Não estamos com pressa excessiva”, revelou a entrevistada, destacando que a irmã Lúcia “é uma figura complexa” que viveu “quase um século de vida” com tempos “difíceis na história da Igreja e mundial” que se escreveu com “Papas, cardeais; chefes de estado, estrelas de cinema”.
“A preocupação da equipa é mesmo fazer bem feito ainda que demore mais tempo do que aquele que quereríamos porque é um trabalho que fazemos à Mensagem de Fátima e à própria figura da Lúcia”, acrescentou a religiosa da Aliança de Santa Maria.
O curso promovido pelo Santuário mariano da Cova da Iria teve a participação de 66 pessoas.
Segundo a orientadora da formação, o esforço da organização é “traduzir” numa linguagem que “implique e toque mais as pessoas do século XXI” o que aconteceu em 1917.
Gonçalo Reis, por exemplo, é de Fátima mas “não conhecia muito da história” e aproveitou para “aprofundar esta mensagem de amor” que Nossa Senhora transmitiu aumentando o “orgulho” em revelar a sua origem.
Outro motivo para participar nesta nona edição foi o facto de ter estudado em Lisboa onde “havia pessoas que odiavam Fátima e não estavam a falar corretamente”.
“Também havia muita mensagem positiva e sinais de que Fátima falava também aos jovens através de oração”, observou ainda Gonçalo Reis.
Já Maria de Nazaré Dantas, natural de Barcelos, Diocese de Braga, comentou que no verão “gostava” de trabalhar no Santuário “e disseram que era necessário este curso”.
Depois, explicou que tinha outro motivo relacionado com o seu crescimento pessoal e de fé uma vez que ao longo de 30 anos de existência “sempre” teve uma “ligação muito grande a Maria e, especialmente, a Fátima”.
“Quando era criança vim cá muito ao longo de todo o meu percurso com a família, alguns movimentos eclesiais”, exemplificou.
Fonte: Agência Ecclesia
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