O Santuário de Fátima marcou este domingo o encerramento do Centenário das Aparições do Anjo da Paz com a inauguração de uma escultura da autoria de Clara Menéres.
“Com este ato, queremos assinalar o final do presente ano pastoral, que nos prepara para a vivência festiva do Ano Jubilar, que iniciaremos no próximo domingo”, referiu o reitor do Santuário de Fátima.
O padre Carlos Cabecinhas explicou que o primeiro Centenário das Aparições do Anjo são consideradas como um autêntico “pórtico” que franqueia a entrada no acontecimento Fátima e na sua mensagem, propondo explicita ou implicitamente, as suas mais importantes dimensões.
O reitor do Santuário mariano da Cova da Iria observou que a escultura do Anjo da Paz inaugurada e benzida, este domingo, assinala “de forma permanente a passagem” do primeiro Centenário das Aparições Angélicas e, para isso, convidaram a escultora Clara Menéres.
O Serviço de Informação do Santuário de Fátima informa que a imagem apresenta um vulto de expressão jovem, embrulhado num manto branco, com uma pomba numa mão e o ramo da oliveira na outra, “numa clara referência ao Antigo Testamento”.
A escultura foi realizada de forma tradicional, através da modelação em barro, passagem a gesso e execução final em bronze e foi colocada por cima da entrada da Porta da Capela do Anjo da Paz, na colunata sul do Recinto de Oração
A escultora, professora emérita da Universidade de Évora, disse ter sido “difícil interpretar o transcendente” e tratou-se de “uma honra e uma oportunidade trabalhar este tema tão fascinante do Anjo e da Paz”.
Clara Menéres desejou que a escultura do Anjo da Paz “possa ser um convite permanente aos peregrinos para uma maior presença da oração pela Paz nas suas preces”.
“A arte de Fátima está enriquecida não porque mais uma autora nos dá à contemplação mais uma forma de olhar para o mistério, mas sobretudo porque, também por sugestão do Anjo da Paz, podemos levantar o nosso braço e tentar chegar a esse ramo de oliveira que nos convida a entrar no mistério infindável de Deus, sermos construtores da Paz”, destacou por sua vez o diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima (SESDI).
Marco Daniel Duarte apontou o Anjo como “emissário dos Céus” e recordou que como “Deus está presente na história humana através das figuras angélicas”.
O também diretor do Museu do Santuário e responsável pelo SESDI observou ainda que a escultura do Anjo da Paz “veste a cor da paz aproxima o seu rosto de forma atenta, convencido da missão maior que como emissário deve abraçar diante da humanidade”.
O Santuário de Fátima recorda que “não se conhecem as datas exatas” da anunciação angélica há cem anos e conhece-se a partir das memórias da irmã Lúcia que “terá acontecido por três vezes, tendo a primeira ocorrido por altura da primavera”.
Fonte: Agência Ecclesia
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