O sacrifício eucarístico nos é apresentado por meio da celebração da Santa Missa
Muitos cristãos vão à Missa sem saber o que estão celebrando. Como sabemos, o ser humano é motivado por aquilo que ele considera importante e necessário para sua vida. Mas como continuar participando da Eucaristia, se não existe motivação suficiente? Você sabe qual é o real valor da celebração da Santa Missa? Vamos, então, encontrar essa resposta a partir do ensinamento da Igreja.
Amor incondicional
A Igreja sempre acreditou nesta verdade, porém, com o Concílio Vaticano II, ficou ainda mais evidente que o sacrifício eucarístico é fonte e centro de toda a vida cristã. Na Carta Encíclica, Ecclesia de Eucharistia, de sua Santidade São João Paulo II, vemos que ele diz: “Na Santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo”. (Ecclesia de Eucharistia, n. 1).
É por esse motivo que, todos os dias, a Santa Mãe Igreja volta-se para o seu Senhor, presente no altar, onde descobre o seu amor incondicional. Na mesma Carta Encíclica, o Papa ainda diz: “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém, em síntese, o próprio núcleo do mistério da Igreja”. (Ecclesia de Eucharistia, n. 1).
A Instrução Geral do Missal Romano afirma que, na “Eucaristia, culmina toda a ação pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo, bem como todo o culto pelo qual os homens, por meio de Cristo, Filho de Deus, no Espírito Santo, prestam adoração ao Pai. Nela, comemoram-se também, ao longo do ano, os mistérios da Redenção, de tal forma que eles se tornam, de algum modo, presentes. Todas as outras ações sagradas e todas as obras da vida cristã com ela estão relacionadas, dela derivam e a ela se ordenam” (IGMR, n.16).
A Eucaristia é o dom mais precioso da Igreja
Na exortação Apostólica Pós-Sinodal, Sacramentum Caritatis, de nosso querido Papa emérito Bento XVI, ele diz que, na Celebração Eucarística, celebrada todos os dias, “o Senhor vem ao encontro do homem, criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 27), fazendo-Se seu companheiro de viagem. Com efeito, neste sacramento, Jesus torna-Se alimento para o homem, faminto de verdade e liberdade” (Sacramentum Caritatis, n.2). O próprio Senhor, sabendo que só a verdade pode tornar verdadeiramente o homem livre (Jo 8, 36), Ele mesmo se faz alimento de verdade diariamente na Santa Missa para nós.
Com essas palavras, a Igreja quer mostrar a máxima importância da celebração da Santa Missa, quer evidenciar a eficácia e dignidade da Celebração Eucarística, por ser a ação de Cristo e da Igreja. É possível que a má participação na Eucaristia seja consequência da não consciência do que está sendo celebrado.
Se todos os fiéis souberem o real valor da Eucaristia, participarão mais ativamente da Santa Missa. Tendo consciência de que a Eucaristia é o dom mais precioso da Igreja, teremos motivação suficiente para participarmos, se possível, todos os dias da Santa Missa.
- Primeiro dia do funeral marcado pela trasladação do corpo de Bento XVI para a Basílica de S. Pedro - 3 de Janeiro, 2023
- Legado teológico de Bento XVI está a ser traduzido para português - 3 de Janeiro, 2023
- Canonista explica protocolo do funeral de Bento XVI - 2 de Janeiro, 2023