“A lógica que orienta a missão de Jesus e a missão da Igreja é ir em busca, ‘pescar’ os homens e as mulheres – sem fazer proselitismo – para restituir a todos a plena dignidade e a liberdade, mediante o perdão dos pecados.” Esta foi a passagem central da reflexão do Papa Francisco neste domingo, 7, antes da oração do Angelus.
“O mais essencial do cristianismo é difundir o amor regenerador e gratuito de Deus, com atitude de acolhimento e misericórdia, para que cada um possa encontrar a ternura de Deus e ter a plenitude de vida”, continua a reflexão.
Os confessores São Padre Pio e São Leopoldo
Francisco também lembrou em especial os confessores, os primeiros a oferecer a misericórdia do Pai seguindo o exemplo de Jesus, “como fizeram os dois frades santos, Padre Leopoldo e Padre Pio”, cujas relíquias estão expostas no Altar da Confissão, na Basílica de São Pedro.
A pesca milagrosa de Simão Pedro
O Pontífice mencionou o episódio da Pesca Milagrosa narrado no Evangelho de Lucas.
“Simão Pedro deixa tudo e decide seguir o Mestre, vendo que depois de sua pregação, as redes se encheram de peixes. Tiago e João fazem o mesmo. Aquele sinal prodigioso os convenceu de que Jesus não tinha apenas uma palavra verdadeira e poderosa, mas que Ele era o Senhor, a manifestação de Deus. Tornaram-se os primeiros discípulos de Jesus”, disse o Santo Padre a todos presentes na Praça São Pedro.
Inicialmente espantado com a proximidade do Senhor, acrescenta o Papa, Pedro sente a sua mesquinhez: sabe que é um pecador. Mas Jesus o tranquiliza dizendo para que não temer, pois “de agora em diante serás pescador de homens”.
Confiar na palavra
“Do mesmo modo, hoje o Evangelho nos questiona: sabemos confiar realmente na palavra do Senhor, ou nos deixamos desencorajar por nossos fracassos?”
O Papa diz que neste Ano Santo da Misericórdia, somos chamados a confortar aqueles que se sentem pecadores, indignos, desanimados por seus erros, e a dizer-lhes as mesmas palavras de Jesus: “Não tenham medo, a misericórdia do Pai é maior do que os seus pecados, é maior”.
Mais esforços pela Síria
Prosseguindo, Francisco pediu um maior esforço da comunidade internacional em levar ajudas e promover negociações de paz para a ‘amada e martirizada Síria’.
“Com viva preocupação acompanho o dramático destino dos povos envolvidos nos violentos combates na amada Síria e forçados a abandonar tudo o que têm para fugir do horror da guerra. Espero que, com solidariedade e generosidade, seja oferecida a ajuda necessária para assegurar sua sobrevivência e dignidade”, diz.
O Santo Padre diz ainda que apela à comunidade internacional, para que não poupe nenhum esforço para levar os contendentes a uma mesa de negociações. “Somente a solução política do conflito será capaz de garantir um futuro de reconciliação e de paz para este querido e martirizado país, pelo qual convido todos a rezar muito”.
Ao concluir, Francisco pediu aos presentes que se unissem a ele e rezassem juntos uma ‘Ave Maria’. Após rezar o Angelus com os fiéis, o Papa concedeu a todos sua bênção.
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