Celebrações de 13 de junho decorrem na Igreja de Santo António, que atrai peregrinos ao longo de todo o ano
O reitor da Igreja de Santo António, em Lisboa, disse que este ano o “Pão de Santo António” vai ser distribuído a 60 mil peregrinos, num local que é visitado durante “todo o ano”.
“Este ano, excecionalmente de movimento muito maior vendemos o pão mais cedo, mas só no dia 13 de junho vendemos cerca de 60 mil daqueles pequenos pães e quase sempre esgota a meio da tarde”, referiu frei Francisco Sales Diniz.
Cada exemplar do ‘Pão de Santo António’ custa 30 cêntimos e a receita da venda destinada à Obra da Imaculada Conceição de Santo António, uma obra da infância e juventude.
“A tradição popular coloca o ‘Pão de Santo António’ como símbolo protetor, que se guarda de um ano para o outro, para que não falte o pão na mesa. Há pessoas que costumam colocar o pão com uma moeda ao lado para não faltar nunca o bem material para comprar o pão”, acrescenta o reitor da Igreja de Santo António.
Frei Francisco Sales Diniz afirmou também que quem visita a Igreja de Santo António, em Lisboa, são na “maioria” peregrinos com “devoção a Santo António” e não tanto turistas.
“Claro que vêm turistas, a igreja faz parte do circuito turístico da baixa de Lisboa. É impressionante perceber que ao fim de 800 anos, Santo António é um fenómeno único porque continua a ser o santo mais conhecido e mais popular do mundo inteiro”, acrescentou.
O santo franciscano para além de ser teólogo e doutor da Igreja é para a religiosidade popular casamenteiro, a quem se reza para encontra objetos perdidos.
Frei Francisco Sales Diniz referiu também que o trabalho da comunidade franciscana, na Igreja de Santo António, tenta transmitir aos peregrinos “mais do que a piedade popular” e vejam o “grande teólogo, um grande sábio” que deixou um “património único nos seus sermões”.
O reitor da Igreja de Santo António acrescentou ainda que o Centenário das Aparições marianas em Fátima tem originado uma “afluência de peregrinos fora do comum, fora do normal”.
“Temos tido uma afluência de tal forma grande que alguns trabalhos que tivemos de fazer para preparar as festas [instalações de som novo] teve de ser feito durante a noite”, exemplifica o entrevistado, acrescentando que durante o dia há trabalhos que “é impossível” realizar.
“Temos, praticamente, missas de hora a hora nas mais diversas línguas, de padres dos mais diversos cantos do mundo que vêm ter connosco”, acrescentou.
Nascido no final do século XII, Fernando, que viria a assumir o nome de António, foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho em Lisboa e Coimbra, mas pouco depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores franciscanos, com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África.
O santo português, que morreu em Pádua, Itália, no ano de 1231, foi o primeiro professor de teologia na ordem fundada por São Francisco de Assis, tendo ficado famoso pelos seus sermões.
As festas em honra de Santo António, no dia 13 de junho, nomeadamente a missa às 12h00 e a procissão às 17h00, são presididas pelo bispo auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás, em representação do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, enviado do Papa Francisco ao I Congresso Eucarístico Nacional de Angola, e foram preparadas por uma trezena, entre os dias 1 e 12 de junho.
Fonte: Agência Ecclesia
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